Dominar a sua área de conhecimento e se manter sempre atualizado(a) não são mais os principais requisitos para construir uma incrível carreira profissional. Agora, no topo da lista que o mercado exige (e precisa) de um excelente profissional, está outro tipo de inteligência: a emocional.

De acordo com Travis Bradberry e Jean Greaves, autores do livro Inteligência Emocional 2.0, a habilidade que uma pessoa tem de perceber, avaliar, entender e administrar, de maneira positiva, suas próprias emoções e as emoções das pessoas que convivem com ela, reflete diretamente na sua alta performance de atuação, independente da sua área.

Um grande estudo, realizado durante 50 anos, avaliou a trajetória de vida de 17 mil pessoas, da infância até a fase adulta, e também apontou que as pessoas consideradas emocionalmente inteligentes acabam sendo melhor sucedidas em suas profissões do que aquelas com grandes pontuações de QI.

Porém, administrar as próprias emoções diante de várias atividades e problemas que conciliamos no dia a dia não é uma tarefa fácil. Aliás, nada fácil!

Com certeza você já se irritou com o mau humor de um colega? Já se abalou facilmente por uma bobagem que um familiar disse ou ficou chateado depois de uma reunião rotineira com o seu chefe.

Bradberry e Greaves contam que somente 36% das pessoas conseguem identificar suas próprias emoções. E quando não conseguimos lidar com nossas emoções passamos o dia enfrentando diferentes sentimentos ruins, que desestabilizam o nosso modo de pensar e agir. São os famosos altos e baixos emocionais.

Pensamentos e comportamentos de pessoas com baixa inteligência emocional
como lidar com a ansiedade e desenvolver a inteligência emocional
A boa notícia é que podemos desenvolver essa inteligência. No entanto, antes de tudo é necessário identificar os comportamentos típicos de baixa inteligência emocional. Uma publicação realizada pela Harvard Business Review, apontou quais são esses pensamentos e atitudes recorrentes. Confira a seguir:  

– Ter a constante sensação de que os outros não entendem o que você fala;
– Ficar surpreso(a) demais quando as outras pessoas se sensibilizam com seus comentários;
– Criar as mesmas expectativas que tem sobre si mesmo com relação aos outros;
– Culpar os outros pelos problemas que sua equipe de estudo ou trabalho enfrenta;
– Achar irritante quando alguém espera que você saiba como ele está se sentindo.

Esses pensamentos e a má interpretação são muito comuns. No entanto, para o nosso bem-estar e para uma boa convivência social, precisamos lidar melhor com os nossos sentimentos e com dos outros. 

Pesquisas apontam que pessoas que desenvolveram a inteligência emocional na adolescência ou no início de sua fase adulta, além de alcançarem sucesso em suas profissões e em outros parâmetros da vida também, como nos relacionamentos amorosos, apresentaram baixos níveis de depressão e ansiedade.

Inteligência emocional e mercado de trabalho
o que preciso fazer para ter inteligência emocional?
As empresas tendem a promover colaboradores bem-humorados e que têm uma boa relação com os seus colegas de trabalho, independente do nível de hierarquia.

Para identificar esses fortes indícios de inteligência emocional, muitas organizações passaram a aplicar testes, avaliando questões como autoconhecimento, empatia, felicidade e assertividade, já no início do recrutamento.

Quais elementos trabalhar para ter uma mente emocionalmente inteligente? 
Segundo o renomado psicólogo Daniel Goleman, são quatro elementos que precisam ser trabalhados para o desenvolvimento de uma mente emocionalmente inteligente: autoconhecimento, autocontrole, percepção social, habilidades sociais e empatia.

Analisar seus pensamentos e atitudes são os primeiros passos para aplicar a inteligência emocional. É preciso começar a pensar duas vezes antes de julgar uma pessoa, e tentar compreender os fatores que fizeram o outro agir de uma maneira que não te agrada.

Em algumas situações, apenas se colocando no lugar da pessoa, pode falar com propriedade sobre ela em determinada situação. Pensando e agindo assim, você terá o conhecimento suficiente para tomar uma atitude sensata e assertiva. 

Confira abaixo como desenvolver a inteligência emocional:

Autoconhecimento
– Identifique os gatilhos dos seus sentimentos. Analise sua reação diante algumas situações desconfortáveis e procure descobrir por que você está se sentindo nervoso ou aliviado.

– Saiba quais os seus valores e o que é importante para você. Isso contribui para o seu autoconhecimento e ajuda a prever as suas reações.

– Descubra o que as pessoas pensam das suas atitudes. Pedir feedbacks de parentes, amigos e colegas pode te ajuda a entender melhor o seu modo de ser.

Autocontrole 
– Respire fundo e conte até dez! Esses segundinhos são cruciais para você esfriar a cabeça e agir da forma mais assertiva.

Adie sua atitude. Deixar uma decisão difícil para o dia seguinte, após uma boa noite de sono, pode arejar as ideias e garantir um comportamento mais equilibrado.

Ter consciência de que os conflitos são passageiros aumenta a nossa resiliência, e fica mais fácil aguentar o impacto dos problemas.

Percepção social
Fixe a sua atenção na outra pessoa. Ao interagir socialmente, esqueça o resto das suas preocupações e perceba as emoções do outro.

Observe as pessoas. Analise a forma como os outros falam, riem e interagem. Perceber como a pessoa age te ajudará a se relacionar melhor com ela. 

Habilidades sociais e empatia
Demonstre interesse em conhecer as pessoas que estão ao seu redor. Isso ajuda a aumentar a sua capacidade de influenciar seus colegas no ambiente que convivem.

– Explique as suas decisões. Comunicar os motivos das suas atitudes contribui para que os outros compreendam você e mantenham o respeito.

Meça as palavras na hora de administrar conflitos. É melhor perguntar algo como “eu fiz algo que afetou você?” do que afirmar “você fez algo que me afetou”. Se o outro entende que você não o culpa pelo problema, aumentam as chances de reconciliação.

Para Goleman, as pessoas que pensam e agem dessa forma são mais flexíveis e adaptáveis, capazes de se recuperar de situações estressantes e se automotivar. Ele também conta que a vida passa a ser mais suave com atitudes assim. 😉

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Fontes: Superinteressante, Exame e Mega Curioso