Vamos conhecer mais uma história inspiradora? A #ProtagonistaCatólicaSC de hoje é a Carla Schreiner.
Carla Schreiner não nasceu em Jaraguá do Sul. Nos seus documentos, consta a informação de que a cidade natal é Joinville, mas, aos 15 dias de vida, sua mãe já a levou para Jaraguá do Sul e assim as histórias de ambas começaram a caminhar em sinergia. Ela realizou dois anos do Ensino Médio e o curso superior de Letras na cidade vizinha, pela ausência da opção do curso em Jaraguá, mas a partir daí, o restante de sua carreira foi dedicada ao desenvolvimento da educação jaraguaense.
“Sempre fui professora, desde criança eu já tinha essa aptidão. Como o meu pai queria que eu trabalhasse na empresa dele, eu comecei a dar aula sem ele saber. Ele saia para a empresa e eu atravessa a rua e ia ensinar. Quando ele descobriu, me incentivou e deu forças”, relembra. “Comecei dando aula no primário, preparando os alunos para fazer, na época, o exame de admissão para entrar no ginásio. Depois fui professora de ginásio e de segundo grau. Fui crescendo e evoluindo, fisicamente e mentalmente”, acrescenta.
Jaraguá do Sul no início dos anos 1970 tinha pouco mais de 30 mil habitantes, mas começou a ficar nítido o desejo da comunidade de que os jovens pudessem dar continuidade aos seus estudos, sem precisar sair da cidade. A necessidade de atender a esse anseio fez com que fosse criada a Ferj (Fundação Educacional Regional Jaraguaense), uma instituição pioneira no ensino superior em Jaraguá do Sul, mantenedora da Católica de Santa Catarina.
“Os primeiros passos para fundar a Ferj foram por meio do Padre Elemar Scheid, com o auxílio do padre Orlando, reitor em Brusque. Foi um desafio, pelo fato de a nossa cidade ser menor e, na mentalidade daquela época, havia a opinião de que pelo fato de Jaraguá ficar perto de Blumenau, de Joinville e de Brusque, não necessitaria ter o ensino superior”, relembra Carla. “O padre Elemar, auxiliado por outros professores, lutou e conseguiu fundar a Ferj por meio do curso de Estudos Sociais”.
Com a transferência do padre Elemar em 16 de outubro de 1978, Carla, que até então atuava como professora de português e vice-diretora, assumiu o desafio de dirigir a Ferj. Ela conta: “Apesar de ter toda uma experiência no magistério, chorei a noite inteira devido à questão da responsabilidade. Não consegui nem dormir”. A professora relembra duas colegas que foram fundamentais neste desafiador período de transição: Mariza Pradi Floriani Garcia e Solange da Silva.
Por meio de um convênio com uma instituição de ensino superior de Joinville, logo a Ferj passou a disponibilizar vagas do curso de Economia. Na década de 1980, começaram as aulas de Administração de Empresas da Ferj. Ela compartilha que havia um grupo muito atuante nas necessidades de Jaraguá. Além disso, também trouxeram os cursos de Pedagogia, para atender a área educacional, e outros voltados para tecnologia e engenharia.
Em 2000, a então diretora recebeu o novo título de reitora, em virtude da assinatura do decreto para criação do Centro Universitário de Jaraguá do Sul. “Com o auxílio de muitos profissionais, que confiavam na qualidade do nosso ensino, nos tornamos o primeiro centro universitário de Santa Catarina”, conta. A conquista ocorreu mediante rigorosas avaliações realizadas em aspectos como estrutura e corpo docente pelo Conselho Estadual de Educação.
Em 31 de agosto, a Católica de Santa Catarina, instituição que Carla ajudou a estruturar desde a década de 1970, comemora seus 48 anos, marcados pela criação da fundação da Ferj, em 1973. Grande parte dos quase 50 anos do Centro Universitário caminharam em paralelo com a própria história da professora, que tem 50 anos de magistério, 20 deles dedicados ao Ensino Fundamental e Médio, além de 30 à frente da instituição de Ensino Superior.
Muito entusiasmada e emocionada, ela compartilhou: “Encontrei pessoas maravilhosas ao meu redor, que me deram força, e havia uma amizade muito grande entre muitos funcionários. Jaraguá do Sul é uma cidade que tem muitos vencedores. Coisas maravilhosas me aconteceram, como, por exemplo, quando meus alunos passaram nos exames de admissão e, graças a Deus, sempre foram muito bem classificados. Hoje, muitos deles já são quase avós. Eu fui muito feliz e me realizei. Fiz tudo aquilo que eu queria. Foi maravilhoso!”
Conheça também a história do Padre Elemar e sua paixão pela educação!
São histórias como essa que nos motivam e nos inspiram todos os dias. Agradecemos pela dedicação e amor pela profissão Carla!
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Até a próxima! ?