“Gramaticoforme: A Gramática Ilustrada” é o título da exposição deste mês da Biblioteca Padre Elemar Scheid na Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul. O artista Rocho (Filipi Amorim) expõem seus trabalhos até o próximo dia 3 de junho (segunda-feira). A visitação é gratuita e pode ser feita de segunda a sexta-feira das 7h30min às 22h30min e aos sábados, das 8h às 13h.

Gramaticoforme: A Gramática Ilustrada caracteriza-se pela criação dos retratos/imagem de elementos, ordens e/ou fenômenos que compõe a Gramática da língua portuguesa através de um processo sinestésico-antropofágico-entrópico. Cada imagem é apresentada junto a uma descrição de si mesma, que se dirige especificamente a imagem, porém, que exalta, no texto, a ordem a que se refere. Por exemplo: A descrição do Pleonasmo é repleta de efeitos redundantes. As descrições nunca aparecem separadas de sua respectiva imagem são os pontos de interseção entre o “retrato” e a ordem gramatical propriamente dita.

De acordo com Rocho, a exposição foi idealizada com a intenção de apresentar a natureza e incitar no espectador o efeito sinestésico, promovendo uma experiência de reflexão extrapolada ao cotidiano no diálogo entre os sentidos. “Sugerindo uma nova e independente perspectiva de se observar os conceitos que englobam o nosso idioma. É uma nova forma de observar determinados “objetos” do mundo, desta nova gramática. Trazem-se elementos abstratos a materialidade através de “retratos”, oriundos de uma experiência subjetiva, direta, e claro, sinestésica.”, finaliza.

O trabalho completo é composto por, até então, 54 imagens, e suas respectivas descrições, sendo que, para a exposição das peças originais, foi elaborado um módulo específico de apresentação, pois a Gramática Ilustrada, ao final, deve se formatar também como uma publicação, e estará disponível no site www.gramaticoforme.com.br.

Sobre o artista

Rocho é natural de Pomerode e cursa Artes Visuais na Universidade Estadual de Santa Catarina, além de atuar como professor instituto Educacional Jangada, em Jaraguá do Sul.

Espontaneamente, tornou-se um entusiasta da prática do desenho. A fase crítica onde desenvolve seu processo e habilidades foi entre seus 10 e 15 anos de idade, de forma autodidata. Na sequência, passou pela Oficina de Artes da SCAR, em Jaraguá do Sul, onde começou a formular reflexões mais aprofundadas acerca do que trata a arte a nível histórico, sociológico, antropológico e filosófico.

A partir de 2010, passou a experimentar novas técnicas e materiais, sempre tomando o cuidado para não cair na “”””receita de artista”””” e também de modo a não abrir mão de seu amor pelo lápis de grafite. Quando se trata de cor, de pincel, sua paixão está na aquarela.

Seu compromisso pessoal engajado é com a educação. Como produtor de imagem e professor, vê na arte, como objetivo principal, o de “”fazer pensar””; desenvolver o senso de reflexão e crítico, objetivamente, também, como uma ferramenta de inclusão, como trabalho de pesquisa dinâmico associado estreitamente a quaisquer outros campos do saber; “”ou talvez sejam justamente os outros”” campos do saber que estão associados à “arte””, ressalva.