Desde os primeiros anos de vida, percebemos naturalmente algumas aptidões. Na turma do ensino fundamental tinha aquele aluno que não perdia um gol na educação física, o que respondia por primeiro na “taboteca” e o bom de prosa, sempre nota 10 na redação. As vocações são percebidas no dia a dia e, com o apoio de pais e professores zelosos, estimuladas e desenvolvidas. Quando chegamos ao ensino médio, somos chamados a refletir com mais profundidade a respeito e decidir o nosso ofício.

E quem era o estudante que reunia o atacante, o crânio em matemática e o aspirante a escritor e conseguia motivá-los e coordená-los na execução de uma tarefa em comum para resolver um problema? Aquele jovem bem-relacionado, confiante, dedicado, disposto a aprender, cheio de criatividade, energia e foco? Uma área com alta empregabilidade na qual alguém com esse perfil pode ter sucesso é a de Gestão Empresarial, uma das novidades da Católica SC para este ano. As formas de ingresso são vestibular agendado, transferência, segunda graduação, vestibular de bolsas e Enem.

O curso superior de Tecnologia em Gestão Empresarial acrescentará à habilidade inata de liderança as capacidades de planejamento, organização, execução e controle dos processos organizacionais. Assim, o profissional estará preparado para atuar nas gestões de pessoas, financeira, de produção e de marketing. E o que mais vier: matemática financeira, análise de investimentos, autoconhecimento, vendas, logística e legislação.

Ao fim de dois anos de aulas presenciais no período matutino, das 8h às 11h35, com a formação de tecnóloga concluída, as possibilidades são vastas. Dá para trabalhar com comércio, na indústria e em serviços; ser um consultor especializado em gestão; ou ser um empreendedor, à frente do próprio negócio.

Esse último campo de atuação, em especial, tem estado em evidência. De acordo com o GEM (Global Entrepreneurship Monitor), publicado em 2019, a taxa de empreendedorismo estabelecido (TEE) no país é de 38%. Isso quer dizer que 58,9 milhões de brasileiros, de 18 a 64 anos, são autônomos e têm um negócio ou estão envolvidos na criação. O estudo revelou que ter um negócio próprio está em quarto lugar nos sonhos da população.

Conforme o economista austríaco Joseph A. Schumpeter, “o empreendedor é um visionário, que vê além do senso comum e realiza essa visão”. Já o termo empreendedorismo tem origem na palavra “entrepreneur”, que, segundo o Cambridge Dictionary, significa “alguém que inicia seu próprio negócio, especialmente quando isso envolve riscos” (em tradução livre). E nós estamos em um local repleto desses profissionais ousados. De acordo com a consultoria McKinsey, o nosso estado é um dos sete com maior concentração de hubs de inovação. São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Pernambuco complementam o ranking.

Como em tudo na vida, é preciso cautela. Nem só de startups que em pouco tempo viraram referência vive o mercado. Empreender significa, também, ter humildade o suficiente para buscar ajuda quando necessário; exercitar a persistência, resiliência, paciência; fazer gerenciamento do estresse; gerir recursos nem sempre abundantes; investir tempo na solução dos desafios do cotidiano; lidar com as diferenças; calcular os riscos; suportar a pressão e as incertezas; e saber ouvir “não”.

Além da ousadia para tirar sonhos do papel, a formação adequada é um ótimo diferencial para superar os obstáculos e aumentar as chances de sucesso em um mercado efêmero, em constante transformação e de alta competitividade. É, certamente, um passo a mais para trilhar o caminho certo e conquistar uma carreira realmente bem-sucedida, repleta de satisfação pessoal, retorno financeiro e com oportunidades para aprendizado constante.